Agricultura Ecológica ao Sul do Brasil: de alternativa à contra-tendência
Resumo
O artigo propõe uma reflexão sobre mudanças sociotécnicas na agricultura, entendidas como respostas contra-tendentes ao desenvolvimento orientado pela modernização. A partir do caso emblemático do território Ipê-Antônio Prado no extremo sul do Brasil, demonstra-se que o engajamento de distintos atores resulta em novas práticas produtivas, discursos, performances e múltiplos processos sociais, que reposicionam modos locais de organização. Identifica-se a emergência de uma expressão nativa de ‘agricultura ecológica’, que inicia sob o signo da agricultura alternativa, todavia, deflagra heterogêneos cursos de ação que configuram potenciais agendas de mudança para a produção de alimentos.
Downloads
Referências
Abreu, Lucimar, Stéphane Bellon, Alfio Bradenburg, Guillame Ollivier, Claire Lamine, Moacir R. Darolt y Pascal Aventurier. 2012. “Relações entre agricultura orgânica e agroecologia: desafios atuais em torno dos princípios da agroecologia”. Desenvolvimento e Meio Ambiente 26: 143-160.
Almeida, Jalcione. 1999. A construção social de uma nova agricultura. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
______. 1998. “Da ideologia do progresso à ideia de desenvolvimento (rural) sustentável”. En Reconstruindo a agricultura: ideias e ideais na perspectiva do desenvolvimento rural sustentável, organizado por Jalcione Almeida y Zander Navarro, 33-55. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
Arce, Alberto y Norman Long. 2000. “Reconfiguring Modernity and Development from an Anthropological Perspective”. En Anthropology, Development and Modernities. Exploring Discourses, Counter-Tendencies and Violence, editado por Alberto Arce y Norman Long, 1-31. Londres: Routledge.
Arce, Alberto, Stephen Sherwood y Myriam Paredes. 2015. “Repositioning Food Sovereignty: Between Ecuadorian Nationalist and Cosmopolitan Politics”. En Food Sovereignty in Geographical Context: Discourse, Politics and Practice in Place, organizado por Amy Trauger, 125-144. Londres: Routledge.
Beck, Ulrich. 1997. “A reinvenção da política: rumo a uma teoria da modernização reflexiva”. En Modernização reflexive, organizado por Ulrich Beck, Anthony Giddens e Scott Lash, 11-72. São Paulo: Editora da Unesp.
Brandenburg, Alfio. 2005. “Ciências Sociais e ambiente rural: principais temas e perspectivas analíticas”. Ambiente e Sociedade 8 (1): 51-64.
Brandenburg, Alfio. 1996. “Modernidade, meio ambiente e interdisciplinaridade”. Cadernos de Desenvolvimento e Meio Ambiente 3: 49-59.
Brasil. 2003. “Dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências”. Lei 10831. Presidência da República, 23 de diciembre de 2003. Acceso el 25 octubre de 2015.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.831.htm
Conterato, Marcelo A. 2004. “A mercantilização da agricultura familiar do Alto Uruguai/RS: um estudo de caso do município de Três Palmeiras/RS”. Tesis para Maestría en Desarrollo Rural. Porto Alegre: Facultad de Ciencias Económicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Escobar, Arturo. 2002. “Globalización, desarrollo y modernidad”. Planeación, participación y desarrollo: 9-32. Medellín: Corporación Región.
Gonçalves Neto, Wenceslau. 1997. Estado e agricultura no Brasil: política agrícola e modernização econômica brasileira, 1960-1980. São Paulo: Hucitec.
Graziano da Silva, José. 1996. A nova dinâmica da agricultura brasileira. Campinas: UNICAMP.
Holt-Giménez, Eric y Annie Shattuck. 2011. “Food Crises, Food Regimes and Food Movements: Rumblings of Reform or Tides of Transformation?” Journal of Peasant Studies: 109-144.
Long, Norman. 2007. Sociología del desarrollo: una perspectiva centrada en el actor. México: Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social, El Colegio de San Luis.
Long, Norman y Jan Douwe van der Ploeg. 1994. “Heterogeneity, Actor and Structure: Towards a Reconstitution of the Concept of Structure”. En Rethinking Social Development: Theory, Research and Practice, editado por David Booth, 62-90. Inglaterra: Longman.
Luzzi, Nilsa. 2007. “O debate agroecológico no Brasil: uma construção a partir de diferentes atores sociais”. Tesis para Doctorado en Ciencias Sociales en Desarrollo, Agricultura y Sociedad. Rio de Janeiro: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Maluf, Renato. 2013. “Prefácio”. En Agroecologia. Práticas, mercados e políticas para uma nova Agricultura, organizado por Paulo Niederle, Luciano de Almeida y Fabiane Machado Vezzani, 6-9. Curitiba: Kairós.
Martine, George. 1990. “Fases e faces da modernização agrícola brasileira”. Planejamento e Políticas Públicas 1 (3): 3-44.
Meirelles, Laércio. 2000. “Produto orgânico ou produto ecológico?” Acceso el 5 de mayo de 2013.
http://www.centroecologico.org.br/artigo_detalhe.php?id_artigo=20
Naredo, José Manuel. 2007. Raíces económicas del deterioro ecológico y social. Más allá de los dogmas. Madrid: Siglo XXI.
Navarro, Zander. 2001. “Desenvolvimento rural no Brasil: os limites do passado e os caminhos do futuro”. Estudos Avançados 15 (43): 1-18.
Oliveira, Daniela. 2014. “Produção de conhecimentos e inovações na agricultura ecológica: o caso da Associação dos Agricultores Ecologistas de Ipê e Antônio Prado (AECIA)”. Tesis para Doctorado en Desarrollo Rural. Porto Alegre: Facultad de Ciencias Económicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
______. 2007. “Mercados e reprodução social: um estudo comparativo entre agricultores ecologistas e não ecologistas de Ipê”. Tesis para Maestría en Desarrollo Rural. Porto Alegre: Facultad de Ciencias Económicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Orth, Miguel y Paulo Lucatelli. 1986. Vila Ipê: 50 anos de história. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana.
Perez-Cassarino, Julian. 2012. “A construção de mecanismos alternativos de mercados no âmbito da Rede Ecovida de Agroecologia”. Tesis para Doctorado en Medio Ambiente y Desarrollo. Curitiba: Universidade Federal do Paraná.
Petersen, Paulo y Sílvio Gomes de Almeida. 2004. Rincões transformadores: trajetória e desafios do movimento agroecológico brasileiro, uma perspectiva a partir da Rede PTA. Río de Janeiro: ASPTA.
Redclift, Michael y Graham Woodgate. 2002. “Sostenibilidad y construcción social”. En. Sociología del Medio Ambiente. Una perspectiva internacional por Michael Redclift y Graham Woodgate, 45-52. Madrid: McGraw Hil.
Santilli, Juliana. 2005. Socioambientalismo e novos direitos: proteção jurídica à diversidade biológica e cultural. São Paulo: Peirópolis, Instituto Internacional de Educação do Brasil, Instituto Socioambiental.
Schmitt, Claudia Job. 2009. “Transição agroecológica e desenvolvimento rural: um olhar a partir da experiência brasileira”. En Agroecologia e os desafios da transição ecológica, organizado por Moisés Balestro y Sergio Sauer, 177-204. São Paulo: Expressão Popular.
______. 2001. “Tecendo as redes de uma nova agricultura: um estudo socioambiental da Região Serrana do Rio Grande do Sul”. Tesis para Doctorado en Sociología. Porto Alegre: Universidad Federal do Río Grande do Sul.
Sevilla Guzmán, Eduardo y Joan Martinez Alier. 2006. “New rural social movements and agroecology”. En Handbook on Rural Studies, editado por Paul Cloke, Terry Marsden y Patrick Mooney. London: Sage.
Sherwood, Stephen, Alberto Arce, Peter Berti, Ross Borja, Pedro Oyarzunm y Ellen Bekkering. 2013. “Tackling the New Materialities: Modern Food and Counter-Movements in Ecuador”. Food Policy 41: 1-10.
Van Dijk, Gert y Jan Douwe van der Ploeg. 1995. “Is Here Anything Beyond the Modernization?” En Beyond Modernization, organizado por Jan Douwe van der Ploeg y Gert van Dijk, VII-XII. Assen: Van Gorcum.
Viola, Eduardo. 1987. “O movimento ecológico no Brasil (1974-86): do ambientalismo à ecopolítica”. Revista Brasileira de Ciências Sociais 1 (13): 5-26.
Íconos - Revista de Ciencias Sociales bajo licencia Creative Commons Reconocimiento-SinObraDerivada 3.0 Unported License.